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I Congresso Brasileiro de Anatomia Aplicada à Estética terá demonstração práticaAlém de aula teórica, programação visa conexão direta com a prática clínica

Entre os dias 30 de novembro e 1° de dezembro, das 8h às 19h, acontecerá o I Congresso Brasileiro de Anatomia Aplicada à Estética, no Centro de Atividades Didáticas de Ciências Naturais (CAD 1) da Universidade Federal de Minas Gerais.

Este congresso contará com aula teórica e demonstração prática de várias técnicas aplicadas na Estética Facial e Corporal, reunindo cerca de 600 profissionais e estudantes. Esse é um modelo inédito no Brasil, pois o evento é presencial e conta com palestras sequenciais e demonstração em cadáver fresco congelado, que mantém a preservação dos tecidos com cores, textura e flexibilidade das articulações próximas ao ser vivo.

Para participar, os profissionais da área deverão portar registro no seu conselho de classe e, os acadêmicos, o comprovante de matrícula na Instituição de ensino.

De acordo com o coordenador do Congresso, professor Antônio Custódio, do Departamento de Morfologia, “este evento é muito importante, visto que une o conceito básico - Anatomia - com a aplicação direta com a prática clínica”. O conhecimento anatômico é fundamental para todos os profissionais de saúde e é o fator isolado que mais contribui na prevenção de intercorrências. Dessa forma, serão demonstrados planos anatômicos e as principais estruturas na região, visando aumentar a segurança na realização dos procedimentos estéticos.

Vale ressaltar que a atividade contará também com transmissão ao vivo, direto do laboratório de Anatomia da UFMG. A programação será dividida em quatro módulos, sendo apresentados dois deles por dia.

Quinta-feira, 30/11

Módulo 1: Anatomia e novas tecnologias;
Módulo 2: Anatomia aplicada ao rejuvenescimento.

Sexta-feira, 1º/12

Módulo 3: Anatomia das Suspensões;
Módulo 4: Anatomia aplicada às Cirurgias Estéticas.

Redação: Vitória Alves– Estudante de jornalismo e bolsista de Extensão

2Mais ampla e abrangente, nova norma está em vigor a partir de hoje, 22 de novembro

Com a função de homenagear postumamente a estudantes e a servidores ativos, o documento vem sendo elaborado pela equipe da Assessoria de Comunicação Social e Divulgação Científica (ACBio) do ICB, a partir de entendimentos prévios com a Diretoria e com a Gerência de Recursos Humanos. O documento também foi submetido à avaliação dos núcleos de Assessoramento à Pesquisa e de Apoio à Pós-graduação, e dos centros de Extensão e de Graduação, que foram convidados a dar sugestões.

O objetivo final é disciplinar esse tipo de divulgação, criando fluxos e definindo claramente as responsabilidades, em cada caso: docente ou não docente, servidor ativo ou aposentado, estudante de graduação em Ciências Biológicas ou de programa de pós-graduação sediado no Instituto, além de personalidades e dirigentes, do ICB, da UFMG, ou outras instituições.

“Além dos dados básicos inerentes a este tipo de informe, é muito importante também, sempre que possível, que nos sejam enviadas informações sobre a trajetória da pessoa falecida, para que possamos prestar a devida homenagem a quem contribuiu para a construção deste Instituto", orienta a jornalista Dayse Lacerda, da ACBio.

Clique aqui, para ver a nova norma em vigor.

DSC 1274Projeto é 100% gratuito e conta com pesquisadores da Universidade de Stanford

O Clubes de Ciência Brasil (CdeC Br) anuncia a abertura das inscrições para sua edição de 2024. Esta organização voluntária tem como missão fomentar o interesse científico em jovens através de oficinas e mentorias, conduzidas por pesquisadores renomados de instituições de ensino globais.


Como Funciona o Programa?

Oficinas científicas de cinco dias, realizadas durante as férias de Janeiro. Na UFMG, as atividades serão de 15 a 19 de janeiro de 2024. Os participantes escolhem entre cinco clubes temáticos:


1. Biologia Sintética: Programando Organismos Vivos;
2. Nanobiotecnologia: Explorando o Nanoverso;
3. Enfrentando epidemias;
4. Imunologia de Mucosas: Entendendo como funciona o seu intestino (e as bactérias que vivem nele);
5. Medicina Regenerativa: Healing the body through polymers, ministrado em inglês e português, com professores de Stanford.


Também serão sediadas oficinas na UFPE e na PUCPR, contando com oficinas de robótica, programação, nanotecnologia, sustentabilidade, epidemiologia, entre outros.

Atividades e Público-Alvo

O evento é direcionado a alunos do ensino médio e dos primeiros semestres da graduação, com até 21 anos. Além dos clubes, haverá atividades diversas sobre temas científicos, como mentorias de carreira, oficinas interativas, palestras, rodas de conversas. Ao longo dos 5 dias, além de aulas sobre os temas, os alunos desenvolverão um projeto em grupo. No último dia, haverá uma feira de ideias e os melhores projetos serão premiados.

História e Impacto

Fundado em 2014 por doutorandos mexicanos de Harvard e MIT, o Clubes de Ciencia se expandiu para nove países, incluindo o Brasil em 2017. Com mais de 15 mil estudantes beneficiados globalmente, o CdeC Brasil se prepara para sua sexta edição, contando com apoio de instituições como a Universidade de Stanford e a colaboração do Prêmio Nobel de Física Frank Wilczec.

Liderança e Supervisão

Sob a liderança de estudantes, majoritariamente ex-alunos, o Clubes de Ciencia Brasil destaca-se por seu impacto significativo na formação de novos líderes no campo científico. Entre essas lideranças está o presidente da organização, Pedro Antunes Pousa, de 22 anos, atualmente cursando o quinto ano de Medicina na UFMG. Sua trajetória com o Clubes de Ciencia começou em 2017, quando participou da oficina de Células Tronco & Edição Genômica na primeira edição do CdeC Brasil. Desde então, sua jornada acadêmica o levou a prestigiados estágios internacionais, incluindo o Instituto de Células Tronco da Universidade de Harvard e a Universidade de Oxford, contando com o suporte dos mentores do Clubes de Ciência.

“Se hoje sou cientista, devo grande parte disso ao CdeC Brasil. Vivemos em um cenário onde não temos referências de cientistas para jovens e, quando fui aluno do Clubes pela primeira vez em 2017, eu de fato não tinha noção do que é ser cientista. Hoje, como coordenador do Clubes, minha maior aspiração é inspirar outros alunos que tenham medos e preocupações semelhantes aos meus, mas também que compartilhem a mesma paixão e amor pela ciência.”

Este projeto inovador recebe supervisão e orientação do professor David Soeiro, do departamento de Parasitologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, um dos fundadores do Clubes de Ciencia Brasil e ex-pesquisador da Universidade de Harvard e de Pablo Leal Cardozo, pós-doutorando do Departamento de Bioquímica e Imunologia da UFMG e ex-pesquisador da Universidade de Yale. Seus comprometimentos e expertises continuam a ser fundamentais para o sucesso e crescimento contínuo desta iniciativa.

Processo Seletivo

As inscrições estarão abertas até o dia 04 de dezembro de 2023. Com mais de 350 vagas distribuídas em 15 clubes e três sedes, o processo seletivo é gratuito e realizado virtualmente. A seleção inclui questões sobre interesse, histórico e aspirações dos candidatos. As inscrições priorizam a diversidade, incluindo reservas para alunos de escolas públicas e bonificações para estudantes trans, pretos, pardos, indígenas, de baixa renda e com deficiência.

Mais Informações

Para mais detalhes, acesse www.clubesdecienciabrasil.com.br ou siga a organização no Instagram (@clubesdecienciabrasil). Dúvidas podem ser encaminhadas para .

 

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Duas cientistas do ICB foram condecoradas no Simpósio que ocorreu na UFRJ

Daniela Reis, técnica do laboratório de citometria de fluxo do Centro de Laboratórios Multiusuários (CELAM) do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG (ICB-UFMG), recebeu uma menção honrosa no III Simpósio Nacional de Nanobiotecnologia, pela sua pesquisa em amplificação do sinal de fluorescência por nanopartículas de ouro aplicadas à citometria de fluxo. A servidora atua na captura e análise de dados biológicos como suporte a pesquisadores, professores e técnicos da comunidade acadêmica e externos à UFMG.

“Pra mim o destaque foi uma surpresa, principalmente por ser técnica”, afirma Daniela. Sua pesquisa gerou um depósito de pedido de patente em 2020. Com resultados promissores, ela decidiu levá-lo ao simpósio. “Espero que sirva como incentivo para outros colegas”, afirma. Para Daniela, o trabalho de seus pares do ICB-UFMG foi fundamental para a conclusão da pesquisa, recebendo apoio de diversos outros membros da instituição.

O artigo, publicado no repositório institucional da UFMG, encontra formas de melhorar a detecção de fluorescências por meio da amplificação do sinal. Esse tipo de melhoria pode tornar mais eficiente e esclarecedor o processo de análise de estruturas celulares em futuras pesquisas.

A pós-doutoranda do laboratório de Biologia Celular do departamento de Morfologia, em colaboração com o departamento de Física da UFMG, Lidia Maria de Andrade, também recebeu uma menção honrosa no mesmo evento por sua pesquisa em células que afetam a laringe. Por fim, Daniela destaca a relevância desse prêmio e do trabalho dos membros da instituição: “A Universidade ganha muito com isso, com técnicos capacitados que ajudam no desempenho das pesquisas”.

Para saber mais sobre a pesquisa, clique aqui.

III Simpósio Nacional de Nanobiotecnologia

O III Simpósio Nacional de Nanobiotecnologia é um evento que ocorreu no Rio de Janeiro entre os dias 8 e 10 de novembro, organizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que contou com palestras e mesa-redonda das áreas de nanossistemas para liberação de substâncias bioativas, nanodispositivos, nanomateriais e nanotoxicologia, com renomados pesquisadores da área e com representantes do setor produtivo fomentando iniciativas empreendedoras. Sendo considerado um dos maiores eventos da área em território brasileiro

 

Redação: Gabriel Martins - Estagiário SIGEPE

image1Artigo fala sobre molécula capaz de amenizar insuficiência cardíaca; European Heart Journal é a revista com maior impacto nesta área de pesquisa 

Uma publicação na European Heart Journal, assinada pela professora Ludmila Ferreira, do Departamento de Morfologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, destaca uma molécula com potencial para amenizar a insuficiência cardíaca. O periódico, dedicado à cardiologia e publicado pela Oxford University Press em nome da Sociedade Europeia de Cardiologia, recentemente, apresentou resultados de experimentos em animais, culturas de células e amostras de tecido cardíaco humano. 

O estudo concentra-se em uma molécula sintética capaz de atenuar a insuficiência cardíaca em diversas cardiopatias, incluindo aquela relacionada à Doença de Chagas, linha de pesquisa iniciada por Ferreira, em 2011 no Instituto do Coração (Incor USP).

A insuficiência cardíaca é caracterizada por problemas de bombeamento do sangue pelo coração e é a doença que mais mata no mundo. Isso acontece porque as demais doenças que afetam o sistema cardiovascular tendem a evoluir para essa condição que, atualmente no Brasil, afeta cerca de dois milhões de pessoas. 

Mesmo que existam tratamentos capazes de reduzir a progressão da insuficiência cardíaca, ainda não há tratamentos capazes de reverter a doença, mesmo parcialmente - em últimos casos, é possível considerar o transplante de coração. 

Metodologia

No estudo conduzido pela USP foram feitos alguns experimentos para demonstrar a capacidade da molécula denominada AD-9308 de restaurar a atividade da proteína de aldeído desidrogenase 2 (ALDH2) – presente na mitocôndria (organela que gera energia para as células e tem papel central no desenvolvimento de insuficiência cardíaca). 

O protótipo do composto foi originalmente denominado como Alda-1. A equipe de pesquisa observou que camundongos com insuficiência cardíaca tratados com a droga apresentavam um aumento de 40% no volume de sangue bombeado. Esse efeito era decorrente da ativação da enzima mitocondrial ALDH2. 

Assim, algumas modificações estruturais foram realizadas na molécula para potencializar o efeito farmacológico e qualificá-lo como um potencial composto a ser desenvolvido. Depois de muitos testes, chegou-se à versão de número 5.591, denominada AD-9308, que ativa a enzima ALDH2 três vezes mais do que a molécula original. 

Relação com a mitocôndria 

A relevância deste estudo é particularmente significativa no contexto da cardiopatia relacionada à Doença de Chagas, que afeta milhões de pessoas no Brasil e em todo o mundo. Atualmente, não existem tratamentos eficazes além do transplante cardíaco para essa condição. A pesquisa liderada pela professora Ludmila Ferreira e seus colaboradores destaca-se por apresentar uma abordagem promissora na busca por alternativas terapêuticas para essas enfermidades. 

A molécula AD-9308 demonstrou a capacidade de reverter o quadro da insuficiência cardíaca em experimentos com animais e amostras de tecido cardíaco humano. Essa descoberta potencialmente representa um avanço significativo na compreensão e no tratamento dessa condição, oferecendo esperança para pacientes afetados, especialmente aqueles com cardiopatia chagásica, onde as opções terapêuticas são atualmente limitadas.

Por fim, o desenvolvimento de novas terapias para combater a insuficiência cardíaca e seu impacto para a saúde pública continua a ser um desafio. Assim, este estudo investiga os mecanismos subjacentes e o tratamento potencial para os efeitos deletérios do 4-hidroxinonenal (4-HNE) na insuficiência cardíaca.

Artigo

4-Hydroxynonenal impairs miRNA maturation in heart failure via Dicer post-translational modification

Ligia A Kiyuna, Darlan S Candido, Luiz R G Bechara, Itamar C G Jesus, Lisley S Ramalho, Barbara Krum, Ruda P Albuquerque, Juliane C Campos, Luiz H M Bozi, Vanessa O Zambelli, Ariane N Alves, Nicolás Campolo, Mauricio Mastrogiovanni, Silvina Bartesaghi, Alejandro Leyva, Rosario Durán, Rafael Radi, Guilherme M Arantes, Edécio Cunha-Neto, Marcelo A Mori, Che-Hong Chen, Wenjin Yang, Daria Mochly-Rosen, Ian J MacRae, Ludmila R P Ferreira, Julio C B Ferreira.

07 de Novembro de 2023 https://doi.org/10.1093/eurheartj/ehad662

Redação: Vitória Alves– Estudante de jornalismo e bolsista de Extensão

 

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