Tema foi abordado em seminário do NAPG apresentado pelo diretor do ICB UFMG
Os mácrofagos são células do sistema imunológico que a princípio tem uma função: se alimentar de restos, das partes residuais e inúteis para o corpo retidos em tecidos dos nossos órgãos. Eles precisam ser estimulados para entrar em ação, e o estudo desses diferentes estímulos demonstra resultados que podem trazer avanços nas ciências da saúde. Esse foi o assunto do último Seminário NAPG de 2023, apresentado pelo professor Ricardo Gonçalves, do departamento de Patologia Geral, e diretor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB UFMG).
Essas células podem ser usadas em diversas situações para cumprir objetivos diferentes, já que “são muitos que estão presentes em diferentes tecidos e os impulsionando de maneira distinta também”, afirma Ricardo. Portanto, ao manipular esses impulsos, os macrófagos podem adotar outras funções como, por exemplo, o controle da inflamação em pessoas com colite, sendo utilizado como uma forma de imunoterapia. Estudos sobre esse tema tem avançado bastante nos últimos anos e já existem registros na Europa dessa técnica sendo aplicada em pacientes humanos.
Outra área de destaque dos macrófagos é a do tratamento de tumores Já que o objetivo deles é manter o corpo em homeostase, ou seja, equilibrado interiormente, eles funcionam como um anti-inflamatório. Sua maior eficiência está no tratamento da mucosite, que já mostrou bons resultados. Atualmente, diversos ensaios e experimentos têm sido feitos com camundongos e apresentam resultados promissores.
Essa célula do sistema imune também é muito relevante para outras atividades do organismo, como o desenvolvimento embrionário, ritmo cardíaco e existem indicações de que existe uma relação entre os macrófagos e a depressão. Por isso, o seu uso ainda pode ser muito explorado em questões metabólicas, imunológicas e inflamatórias.
O Núcleo de Apoio à Pós-Graduação congrega 13 programas de pós-graduação acadêmicos e três cursos de mestrado profissional. Em seu conjunto, as pós-graduações do ICB são bem consolidadas e de destacada excelência nacional e internacional. Em relação aos 13 programas de pós-graduação que possuem doutorado, mais de 60% dos programas atingiram notas 6 e 7 da Capes, porcentagem essa que atinge 100% se considerados os programas com conceito ≥ 5.
Redação: Gabriel Martins - Bolsista Sigepe