Portaria 02/2024, assinada em 18 de março, regulamenta processos para aquisições de bens, materiais e prestação de serviços em projetos não sujeitos a regras próprias de financiadores.
Com o objetivo de aprimorar a execução da gestão administrativo-financeira dos projetos de ensino, pesquisa e extensão, a Fundep regulamentou procedimentos para compras de bens e materiais, bem como contratação de serviços, no âmbito de projetos financiados com recursos de financiadores privados ou de origem internacional.
A Portaria 02/2024, assinada em 18 de março, oficializa o regulamento que estabelece condições tanto para a compra direta pelo coordenador de projetos, no caso de despesas de até R$ 8 mil, quanto para a atuação das equipes de Compras e dos Centros Integrados de Atendimento (CIAs), no caso de processos de maior valor.
A nova regulamentação também disciplina as condições para uso do chamado Suprimento de Fundos, quando o coordenador solicita à Fundep que lhe repasse diretamente recursos para aquisição de produtos de pequeno vulto, contra prestação de contas. Todos os procedimentos descritos na Portaria serão aplicados sempre quando não conflitarem com regras próprias dos financiadores.
As modalidades de compras previstas são a de aquisição simples - para bens, materiais de consumo e serviços em valor igual ou inferior a R$ 8 mil reais; aquisição direta - referente às aquisições em valores superiores a R$ 8 mil reais e inferiores ou iguais a R$ 20 mil reais; aquisição mediante cotação, para valores superiores a R$ 20 mil reais.
Na aquisição simples, caso prefira, o próprio coordenador pode se encarregar da compra, apresentando nota fiscal em nome da Fundep, que se responsabiliza pelo pagamento. Nesta modalidade, é proibida a aquisição de produtos e equipamentos controlados e o pagamento a pessoas físicas.
Na aquisição direta, a compra precisa passar pela Fundação, entretanto, sem obrigatoriedade de parecer jurídico, o que agiliza o processo. No caso das aquisições acima de R$ 20 mil, chamadas de aquisição mediante cotação, a dispensa de parecer jurídico depende de existência de três propostas formais, dispensa de licitação ou adequação às hipóteses de inexigibilidade.
A regulamentação também define condições para uso do Suprimento de Fundos – recurso, no valor máximo de R$ 8 mil, liberado diretamente ao coordenador, para ser usado em compras de pequeno vulto, mediante preenchimento de formulário próprio disponível no Espaço do Coordenador.
Entre as regras, estão o limite a 30% do total do projeto e a obrigatoriedade prestação de contas da utilização dos recursos em até 65 dias.
Também com o objetivo de promover a otimização de processos e a diminuição do tempo de aquisição de itens, proporcionando maior agilidade no acesso aos materiais fundamentais aos trabalhos desenvolvidos por suas apoiadas e coordenadores de projetos, estão em vigor, também, novas regras para aquisição de passagens aéreas e terrestres.
Essa compra pode ser feita de três diferentes maneiras: pela modalidade aquisição simples, tanto pelo próprio coordenador quanto pela Fundep; utilizando o Suprimento de Fundos ou, ainda, por meio de reembolso. Neste caso, a confirmação da despesa deve ser feita com a entrega do ticket de embarque, entretanto, é necessário observar se o financiador veda reembolso de despesas.
Confira aqui o documento na íntegra.
Evento contará com a participação de mil alunos da rede pública de ensino
Já está disponível a programação da 2ª Semana de Extensão "Dando um Clic na Ciência", organizada pelo Colegiado da Graduação e o Centro de Extensão do Instituto de Ciências Biológicas (ICB UFMG). A abertura será na noite do dia 16 de abril, a partir das 19h, com a mesa-redonda “Dando um clic na ciência: onde estamos e para onde vamos?”.
A 2ª edição do evento acontece nos dias 17 e 18 com exposição de trabalhos extensão dos estudantes da graduação, nos três turnos, e visita de mil alunos da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte, sendo alunos do Fundamental I pela manhã, do Fundamental II, à tarde, e, do Ensino de Jovens e Adultos, à noite.
Estão inscritos mais de 20 trabalhos produzidos por projetos de extensão já cadastrados no SIEX, trabalhos de extensão desenvolvidos em conjunto com disciplinas do ICB, assim como outros trabalhos desenvolvidos pela comunidade do ICB, em laboratórios, Diretório Acadêmico, ligas e afins, além de propostas de atividades exclusivas para o evento, a serem desenvolvidas com os alunos visitantes.
2ª Semana De Extensão das Ciências Biológicas
“Dando um clic na ciência”
Abertura: 16/04
19h
Auditório 3 - Cerrado
Exposição: 17 e 18/04
Hall do 1º Piso do Bloco D
Série de vídeos curtos sobre temas do dia a dia está de "cara" nova e com produção de estudante de Ciências Biológicas
A série de vídeos sobre temas do dia a dia relacionados às “ciências da vida” publicada semanalmente no Instagram do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG voltou a ser divulgada com novidades em 2024. A vinheta foi repaginada e o programete agora conta com a produção da estudante do curso de Ciências Biológicas Beatriz Sias (@bea.sias), voluntária na Assessoria de Comunicação e Divulgação Científica (ACBio).
A série está em seu 17º episódio e vai ao ar toda quarta-feira, com respostas de especialistas do ICB UFMG a perguntas sobre coisas que a gente não entende muito bem porque acontecem, mas são importantes para a vida. São produções curtas, de aproximadamente um minuto, com linguagem descomplicada, para assistir a qualquer hora e em qualquer lugar.
O projeto, idealizado pelo jornalista Marcus Vinicius do Santos, antigo assessor de Comunicação do ICB UFMG, teve início em 2023 com reportagem, produção e edição da estudante de Jornalismo Vitória Alves, que atuou na ACBio por meio do Programa de Bolsas de Extensão da UFMG. A ideia original prevê a adaptação dos videos no formato de "pítulas de rádio", além da transcrição e publicação do texto.
Já passaram pelo BIO_Lógicas os cientistas Ana Lúcia Brunialt, Aline Miranda, Angélica Thomaz, Bruno Rezende, Leonor Guerra, Luciana Andrade e Luiz Rosa com respostas a perguntas sobre os mecanismos da inflamação; mofo nos alimentos dentro da geladeira; órgão onde nascem as emoções; carne de laboratório, entre outros.
BIO_Lógicas - produção: Beatriz Sias, direção: Henrique Castanheira, identidade visual: Animação e Artes Digitais: Ana Clara Veloso.
PARTICIPE! ENVIE SUA DÚVIDA? Instagram (@icbufmg) ou
Interessados podem se inscrever pela internet
O Coral Cantáridas, grupo musical do Instituto de Ciências Biológicas (ICB UFMG), está com inscrições abertas para novas vozes que irão atuar no primeiro semestre de 2024. Os interessados em se juntar ao coro devem inscrever-se preenchendo o formulário disponível no link https://forms.gle/Ym561n2RxLyKrFV69
A seleção acontecerá na sala da Congregação, sala 70, no bloco F-1, das 17h às 19h, no dia 9/04, para vozes masculinas, e no dia 11/04, para vozes femininas.
O Cantáridas foi criado em 1991 como parte do projeto “Corais no Campus”, da Escola de Música da UFMG. O objetivo era criar um grupo coral em cada unidade acadêmica ou administrativa e promover um maior entrosamento social dentro e fora dessas unidades. Eclético, desde sua criação o Cantáridas apresenta repertório composto tanto por música popular brasileira, quanto folclórico e sacro, para as comunidades universitária e externa. A atividade é registrada junto ao Centro de Extensão do ICB, contando com total apoio das diretorias, desde sua criação.
Pouca gente sabe, mas Cantáridas é o nome de um besouro (Lytta vesicatoria) usado na medicina antiga para fins afrodisíacos e diuréticos.
Domingo, 07/04
19h
Igreja da Paróquia Santa Luzia
Rua Dr. Júlio Otaviano Ferreira, 913 - Cidade Nova, Belo Horizonte
Em testes in vitro, molécula responsável por inibir resposta imunológica e ajudar o tumor a crescer foi revertida
Estudos desenvolvidos no Laboratório de Imunoparasitologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (ICB UFMG) identificaram um microRNA abundante na corrente sanguínea de pacientes com câncer de mama. As análises experimentais apresentaram pior prognóstico da doença quanto maior os níveis da pequena molécula no sangue. Na tentativa de reverter o quadro, o grupo desenvolveu e testou, in vitro, com sucesso, um inibidor do microRNA. A esperança é de que, em alguns anos, esse conhecimento possa ser usado para ajudar no tratamento do câncer de mama e, possivelmente, de outros tumores.
A ideia de desvendar o miRNA e seus impactos funcionais em células imunes surgiu ainda no mestrado quando a bioquimica Mariana Sousa Vieira buscava verificar “gaps” da área de oncologia. Sob orientação do médico Helton Santiago, professor do Departamento de Bioquímica e Imunologia do ICB e diretor clínico do Centro de Tecnologia de Vacinas da UFMG, durante seu doutorado, ela desenvolveu ensaios que permitiram avaliar a função de células imunes saudáveis em presença de vesículas plasmáticas circulantes de pacientes com câncer de mama ou doadoras saudáveis. E descobriu que a pequena molécula é responsável por inibir a resposta imunológica e ajudar o câncer a crescer.
“Vimos que, quando células imunes saudáveis ficavam em contato com essas vesículas de pacientes com câncer de mama, elas se tornavam menos eficientes em estimular uma resposta imune protetora, deixando de executar suas funções de forma completa”, relatou. “Para justificar o achado, analisamos o que estava ‘dentro’ das vesículas e identificamos um microRNA enriquecido nas vesículas plasmáticas de pacientes com câncer (cerca de um milhão de vezes mais quando comparado a outros indivíduos sem doença)”. Os pesquisadores usaram cerca de 40 amostras de pacientes com câncer de mama sem tratamentos, seja cirúrgico, quimioterápico e radioterápico, e 40 amostras de doadoras saudáveis de mesma faixa de idade média.
A partir da identificação do miRNA, que impacta a função de células imunes, a equipe de Santiago buscou avaliar se um inibidor desta molécula seria capaz de mudar tais efeitos. “Fizemos testes em cultura usando células humanas e, através do inibido, conseguimos reverter a função das células imunes prejudicadas”, revela. “Identificamos em nível molecular como o miRNA funciona e descobrimos que ele ‘desarranja’ uma proteína que chama GSKIP, e que o inibidor do miRNA 181b retoma a função de GSKIP”, explicou.
De acordo com Mariana Vieira, ensaios em animais estão em andamento e a equipe está conseguindo obter uma maior elucidação de como acontece essa reversão in vivo. Os experimentos, que prosseguem com a pesquisadora Caroline Leonel Vasconcelos, agora estão sendo realizados em camundongos, e tem como objetivo verificar seu efeito como tratamento. O estudo é financiado com recursos do CNPq, Capes e Fapemig. Os resultados estão em fase de submissão para publicação.
Redação: Dayse Lacerda