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dna 3888228 1280A leitura completa do genoma de um organismo empolga biológos de diversas áreas

O material genético é extremamente relevante para o estudo das espécies, sendo muito importante para compreensão de questões como diversidade genética, patologias e evolução.

Em uma notícia para a revista de Pesquisa Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), a jornalista Maria Guimarães falou sobre o processo de sequenciamento completo do genoma que tem se tornado uma realidade.

Tradicionalmente, o sequenciamento é fragmentado em diversas leituras curtas que devem ser montadas posteriormente. Esse método dificulta a inclusão de trechos muito repetitivos na montagem, já que eles se confundem facilmente durante o processo. Além disso, o foco maior de análise costuma ser nos genes voltados para a produção de proteínas.Com a leitura de todo o genoma será possível o estudo dos genes que são responsáveis pela maioria das diferenças entre os organismos.

“As leituras longas permitem determinar o arcabouço do genoma” disse Glória Franco, bioinformata e professora do Departamento de Genética, Ecologia e Evolução do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG (ICB UFMG), em entrevista para a revista. Essa forma nova de sequenciamento consiste numa leitura longa, que propõe sequenciar o genoma de telômero a telômero. Isso tem se tornado possível devido aos avanços tecnológicos e a busca de técnicas mistas.

A leitura completa do genoma pode ser muito importante para o estudo de um organismo ou uma espécie, podendo evidenciar várias mutações ou questões patológicas. Acredita-se que isso contribuirá principalmente para a área da saúde. Pedro Galante, coordenador do laboratório de bioinformática do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês (IEP-HSL), levanta a possibilidade de desenvolvimento de tratamentos baseados na edição ou regulação gênica, graças a essa técnica de estudo completo do material genético.

 

Redação: Gabriel Martins - Estagiário / PCCTAE, com supervisão de Dayse Lacerda.

AD ScientificaEstudo reúne coeficientes de produtividade de cientistas do mundo inteiro, a partir de dados bibliométricos de várias fontes.


O Alper-Doger Scientific Index, único estudo que ranqueia os coeficientes de produtividade total e dos últimos seis anos de cientistas, com base nas pontuações e citações do Discipline H-index (D-index), e no índice i10 no Google Acadêmico, classificou alguns professores do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG entre os mais conceituados do mundo em diferentes áreas. Ou seja, a posição de cada pesquisador considera o número de artigos e a quantidade de citações para cada disciplina examinada.

Mauro Teixeira, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), está em 1° lugar no Brasil na área de Bioquímica, ao mesmo tempo em que ocupa a 34a posição na mesma área em comparação com os cientistas do mundo todo. Carlos Augusto Rosa, também é o número 1 no Brasil, na área de Microbiologia. Também em comparação com os demais cientistas brasileiros, o professor Robson Augusto Souza dos Santos, do departamento de Fisiologia e Biofísica, ocupa a 2a posição na área de Ciências Biológicas.

As informações que subsidiam o ranking foram coletadas em dezembro de 2022 e a produtividade e impacto baseados em citações de artigos científicos estão entre alguns dos critérios para a classificação. Segundo a organização, essa métrica é resultado de uma união de critérios que contabilizam e avaliam, por exemplo, o número de citações recebidas mundialmente, em relação aos artigos publicados pelos pesquisadores. Para a seleção, foram combinados dados bibliométricos de várias fontes, incluindo OpenAlex e CrossRef.

AD Scientific Index 2023 icb.ufmgSOBRE O AD SCIENTIFIC INDEX

Segundo o site da AD Scientific Index, o ranking foi desenvolvido pelo professor Murat Alper e pelo professor associado Cihan Doger, utilizando nove parâmetros que fornecem a classificação e avaliação de cientistas de 256 filiais, 22.347 instituições, 218 países, 10 regiões - África, Ásia, Europa, América do Norte, Oceania, Árabe Leageu, EECA, BRICS, América Latina, e COMESA, e no mundo. A metodologia permite que os cientistas possam  obter suas classificações acadêmicas e monitorar a evolução da classificação ao longo do tempo.

A organização afirma que, ao contrário de outros sistemas que também fornecem avaliações de periódicos e universidades, esse sistema de classificação e análise é baseado no desempenho científico e no valor agregado de produtividade científica de cientistas. A classificação individual é feita em 12 disciplinas - Agricultura e Silvicultura, Artes, Design e Arquitetura, Negócios e Gestão, Economia e Econometria, Educação, Engenharia e Tecnologia, História, Filosofia, Teologia, Direito/Direito e Estudos Jurídicos, Ciências Médicas e da Saúde, Ciências Naturais, Ciências Sociais. 

CONSULTE A RELAÇÃO COMPLETA NO SITE DA AD SCIENTIFIC INDEX

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 Ranking do Research.com coloca cientistas do ICB UFMG entre os melhores do mundo - 15 junho 2023

 

Levantamento, arte e redação: Vitória Alves - Comunicação ICB UFMG/PBext

o que é ser biólgo 1Novatos vão escolher os melhores trabalhos de colegas que ingressaram no curso no primeiro semestre de 2023

Os estudantes que irão ingressar no curso de Ciências Biológicas da UFMG a partir do próximo dia 14 de agosto serão recepcionados com um concurso de vídeos sobre o tema “Introdução às Ciências Biológicas”. Por meio de uma votação nas redes sociais, eles poderão escolher o melhor trabalho produzido pelos colegas que começaram o curso no semestre anterior e ainda se informar sobre conceitos básicos da área que escolheram para cursar o ensino superior.

Participando do júri popular para eleger a melhor produção, os calouros terão acesso a uma série de vídeos sobre a Biologia, a profissão do Biólogo e o curso de Ciências Biológicas oferecido pela UFMG. “Nosso objetivo é dar as boas-vindas apresentando conceitos básicos de um jeito mais leve, para que o aluno possa se situar com tranquilidade no início do período letivo”, comentou o professor Carlos Renato Machado, coordenador do curso.

Ao todo, serão disponibilizados 24 vídeos, com duração de 2 a 5 minutos, todos desenvolvidos como atividade da disciplina de Introdução às Ciências Biológicas pelos estudantes que entraram no curso no primeiro semestre de 2023. “Por meio dos vídeos, os veteranos demonstram aos calouros o que aprenderam no primeiro período. Acreditamos que essa conexão pode favorecer uma maior integração entre eles no dia a dia ao longo do curso”, ressaltou o Carlos Renato.

Os vídeos irão a júri popular no período de 16 a 30 de agosto, pelo Youtube. Serão escolhidos pelo número de curtidas no Canal do ICB UFMG o trabalho mais votado no geral e o mais votado de cada turno (diurno e noturno). O resultado será divulgado no dia 1º de setembro, em comemoração ao Dia do Biólogo, celebrado no dia 3. Os três vídeos vencedores serão postados no perfil do Instituto no Instagram @icbufmg. “A publicação dos trabalhos dos estudantes nas redes sociais também é uma forma de colaborar para ampliar a acessibilidade ao curso de Ciências Biológicas, divulgando-o fora da UFMG”, completou.

A produção de vídeos na disciplina Introdução às Ciências Biológicas faz parte da dimensão extensionista da graduação, conforme estabelecem o Plano Nacional de Educação (PNE) e o Conselho Nacional de Educação, a partir do primeiro semestre letivo de 2023. Ela busca integrar a formação em extensão às atividades acadêmicas curriculares oferecendo aos estudantes a base para que desenvolvam uma atuação ética, em acordo com as necessidades da sociedade.

A atividade de boas-vindas aos novatos está sendo preparada pelo Colegiado de Ciências Biológicas com apoio da Assessoria de Comunicação e Divulgação Científica.

colagrauSetenta e quatro novos biólogos chegam ao mercado aptos a exercerem atividades de pesquisa, ensino e prestação de serviços.

 

Estudantes que concluíram o curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais no primeiro semestre de 2023 colaram grau no fim do mês de julho, em cerimônia oficial realizada no Campus Pampulha, em Belo Horizonte.

Ao todo, 74 alunos de licenciatura e bacharelado, nas modalidades percurso aberto, biotecnologia e saúde e ambiental, diurno e noturno, concluíram a graduação, estando aptos ao exercício de atividades de pesquisa, ensino e prestação de serviços.

A professora Élida Rabelo, vice-diretora do ICB UFMG e diretora em exercício, recebeu na solenidade oficial os estudantes, servidores docentes e não docentes, familiares e amigos, destacando a formação oferecida pela Universidade Federal de Minas Gerais, classificada pelo INEP como a melhor do Brasil. A diretora, ainda, enfatizou os compromissos dos novos biólogos.

“Dentre as responsabilidades inerentes à formação de vocês está a defesa de tudo que é vivo! Isso implica lutar pelo meio ambiente e pelos menos favorecidos socialmente, tanto os seres humanos quanto os animais. A responsabilidade de vocês em difundir o conhecimento adquirido em uma universidade pública é maior do que a de qualquer outro cidadão”, enfatizou.

A Secretária Geral, Tatiana Gomes Almeida, destacou a formatura de estudantes de turmas da Educação a Distância (EAD). “Nem sempre há turmas dessa modalidade na colação de grau”, observou. O evento foi realizado no auditório do Centro de Atividades Didáticas 1.

Além da professora Élida Rabelo, que presidiu a cerimônia, estiveram presentes as professoras Luciana de Oliveira Andrade, coordenadora do Colegiado do curso de Ciências Biológicas; Eliane Novato Silva, coordenadora do curso de Ciências Biológicas a Distância; Helen Lima Del Puerto, paraninfa; e Lucília Souza Miranda, homenageada da modalidade presencial; o professor Diego Guimarães Florêncio Pujoni, homenageado da modalidade a distância; e a servidora Túlia Marques Silva Oliveira, técnica administrativa homenageada.

 

Redação: Dayse Lacerda - Jornalista ACBIO

WhatsApp Image 2023 07 27 at 15.37.57Temperatura e derretimento do Pólo Norte assusta coordenador da expedição, professor Luiz Rosa


As condições climáticas assustaram o coordenador da primeira expedição oficial do Brasil ao Ártico, professor Luiz Henrique Rosa, pesquisador do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG. De volta ao Brasil, depois de passar mais de dez dias no extremo norte do planeta, o cientista alerta: o derretimento do Ártico é irreversível. O que está acontecendo lá pode acontecer com a Antártida e isso irá impactar todos os seres vivos.

“Nós fomos acima do limite do círculo polar ártico, 78N, muito próximo do pólo, e a temperatura alta, 15 graus durante 24 horas-luz”, relatou o cientista que também é membro do Comitê Nacional de Pesquisas Antárticas (CONAPA) do Programa Antártico Brasileiro. “O verão descongela o gelo marinho. O inverno faz congelar novamente. A cada ciclo o congelamento é menor. Os polos regulam a temperatura de todo o planeta, que está perdendo a influência do Ártico”, explicou. Ele acredita que o mesmo fenômeno pode acontecer na Antártida e que, dada sua maior proximidade, “vai impactar mais a gente”.

A observação do efeito das mudanças climáticas no Ártico, “que eu ainda não tinha visto in-situ, liga um alerta para ficarmos muito preocupados”, afirma o coordenador do laboratório temático de Microbiologia Polar do INCT da Criosfera. De acordo com o pesquisador, elas refletem em tudo, desde os organismos que habitam determinadas regiões até a economia.

“O derretimento do gelo marinho eleva o nível do oceano no mundo inteiro. Há nações que vão sofrer com isso, ilhas já estão se perdendo, ficando submersas, gerando imigração”, exemplifica. Ele também cita a perda da biodiversidade. “Organismos que só vivem nesses ambientes não vão sobreviver. E outros, que estão congelados há muito tempo, podem se desprender, originando novas pragas e doenças. Não sabemos o que vai acontecer”, lamenta.

WhatsApp Image 2023 07 27 at 15.37.57 1PROSPECÇÃO

A primeira expedição oficial do Brasil ao Ártico, na avaliação do professor Luiz Rosa, foi “um sucesso e alcançou seus objetivos”, o que dará origem a vários trabalhos. “Fizemos um ‘raio x’ e pudemos conhecer a logística para estarmos presentes na região. Também conseguimos coletar a maior parte das amostras que estabelecemos como meta, solo, plantas, rochas, exceto neve e Permafrost (camada de solo, em tese, permanentemente congelado)”, completou.

De acordo com o professor Luiz Rosa, o descongelamento dessa camada de solo implica a liberação de metano produzido por bactérias presentes no Permafrost, o que aumenta o efeito estufa, e de organismos cujas consequências do contato com o resto do planeta são desconhecidas.

RESULTADOS

O processamento de parte do material coletado teve início durante a viagem. “Improvisamos um laboratório no hotel e extraímos o DNA (chamado ambiental) do próprio substrato para identificar a biodiversidade presente nas amostras”, contou o professor Luiz Rosa. A expectativa é de que até o fim do ano já se possa conhecer os resultados dessa etapa do trabalho. As amostras originais ainda estão em trânsito para uma próxima fase, “identificar os organismos vivos ali presentes”.

Chefe do Laboratório de Microbiologia Polar e Conexões Tropicais (MicroPolar) do Departamento de Microbiologia do ICB UFMG, Luiz Rosa revelou que há um interesse em verificar a existência de substâncias com potencial de uso como herbicidas, detergentes, anticongelantes, pigmentos, que podem ser aplicados, por exemplo, na agricultura e na indústria.

COLABORAÇÃO

A missão diplomática da primeira expedição oficial do Brasil ao Ártico também teve resultados positivos. Assim que chegaram a Oslo, os pesquisadores brasileiros foram recebidos por diplomatas na embaixada do Brasil para dar continuidade a tratativas iniciadas antes da viagem. “Cientistas de outras nacionalidades que pesquisam na região demonstraram o interesse na interação com nosso País”, afirmou Luiz Rosa. A perspectiva é de que uma nova expedição, conjunta, aconteça no próximo ano, a depender de recursos financeiros.

WhatsApp Image 2023 07 27 at 15.37.57 2PARALELO 60

A expedição ao Pólo Norte vai se transformar em um documentário, definido pelo professor Luiz Rosa como um marco para a ciência brasileira. Com o tema “Paralelo 60: ciência do Brasil nos pólos do planeta”, a produção deve ser lançada no segundo semestre de 2024 e será exibida inicialmente pela TV Minas. Ao todo serão 13 capítulos, cada um com 26 minutos, sendo dois deles exclusivamente destinados ao Ártico. As gravações continuam no segundo semestre desse ano na Antártida.

VOLTA AO ÁRTICO

Uma segunda expedição ao Pólo Norte já está sendo planejada, com perspectivas de se realizar no inverno para que os cientistas possam fazer o monitoramento do ar, coletar amostras que não foram possíveis na primeira como a neve e comparar os achados que trouxeram no verão.

A primeira expedição oficial do Brasil ao Ártico aconteceu entre os dias 8 e 21 de julho de 2023, com a participação da bióloga Vivian Nicolau Gonçalves, também do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG; Paulo Eduardo Câmara e Michelini Carvalho-Silva, da Universidade Federal de Brasília (UnB) e Marcelo Ramada, da Universidad Católica de Brasília (UCB) e o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Marinha do Brasil.

Redação: Dayse Lacerda
Imagens: Luiz Rosa

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