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Lentes de aumento e microscópios nem sempre são suficientes para ampliar a nossa realidade. “A biologia que você não vê...”, mostra de pesquisas de alunos da Pós-graduação abriu o Encontro de Ciência, Tecnologia e Cultura do ICB. Propondo a comunicação pública da ciência através de atividades interativas, eles usam aparelhos de laboratório, mas vão além. E a programação continua nesta terça-feira. Nessa segunda-feira, 19 de outubro, jogos de tabuleiro, vídeos microscópicos e ovinhos de peixe acompanharam explicações de diversos projetos de pesquisa no saguão do ICB. Os estudantes, reunidos em stands, convidaram o público externo e interno a escutar e participar dos experimentos.

“Essa é uma oportunidade para os diferentes programas de Pós-graduação do ICB mostrarem ‘sua cara’, divulgando o conhecimento da ciência e também prestigiando alguns trabalhos premiados, desenvolvidos no Instituto”, afirma Cleida de Oliveira, coordenadora do Núcleo de Apoio à Pós-graduação.

Clique aqui para ver a programação completa (PDF)


Células atacam
Dentre os trabalhos premiados, Pedro Elias Marques apresenta sua tese, vencedora do prêmio CAPES  de Ciências Biológicas em 2015. Seu projeto c
onsiste em entender como o sistema imune pode atrapalhar na autorecuperação do fígado, em situações de doenças hepáticas.

“ Quando sofremos alguma lesão, nosso organismo automaticamente desenvolve um processo inflamatório em que atuam as células de defesa do nosso organismo. Porém, em casos de lesões no fígado, pelo abuso de medicamentos como o paracetamol por exemplo, essa ação dos glóbulos brancos pode ser prejudicial, pois não dão um tempo para o órgão se recuperar”, afirma Pedro, que sugere o uso de fármacos para bloquear os receptores do sistema imune que reconhecem os chamados produtos de morte celular.

Na mostra, Pedro reproduz um vídeo da movimentação dessas células no sistema sanguíneo de um camundongo vivo, através da técnica de microscopia intravital confocal. A reprodução mostra o aumento progressivo da quantidade de glóbulos brancos com o tempo de uso do paracetamol.

O fantasma dos números
Aprender matemática, por exemplo, pode não ser apenas uma dificuldade corriqueira. Segundo projeto de pesquisa de Fernanda Carolini dos Santos, testes de inteligência e memória, aliados a testes genético-moleculares, identificam crianças em que essa dificuldade se manifesta como um transtorno.
 
“Essas crianças geralmente não conseguem identificar, entre dois recipientes, qual está mais cheio. Além disso, utilizam os dedos para contagem, tem dificuldade para lidar com ‘trocos’ e outras situações do cotidiano”.
 
A partir de dados cognitivos coletados pelo Laboratório de Neuropsicologia da UFMG, os pesquisadores analisam o histórico familiar da criança  e fazem um teste de DNA com saliva, para a produção de um heredograma. Uma espécie de gráfico que mostra as influências da herança genética.
 
De acordo com Fernanda, foi possível identificar uma hereditariedade nesse transtorno e algumas alterações no cérebro, como a profundidade de um suco, conhecido como intraparental, que nessas crianças apresenta menor volume. Após esse diagnóstico, o laboratório de Neuropsicologia continua o trabalho, desenvolvendo técnicas que facilitam o aprendizado.
 
 
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