O Instituto de Ciências Biológicas da UFMG (ICB) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Ministério do Meio Ambiente, firmaram acordo de cooperação recíproca entre os dois órgãos para o desenvolvimento de pesquisas aplicadas à conservação e manejo de répteis e anfíbios em todo o território brasileiro.
O termo que regulamenta o acordo foi publicado no Diário Oficial da União nesta quinta-feira, 21 de maio. Na prática, além de ações conjuntas de pesquisa, consultoria, formação de técnicos do órgão, pesquisadores e estudantes, o acordo também prevê a educação ambiental.
Segundo o coordenador do projeto pelo ICMBio, pesquisador Marcos Eduardo Coutinho, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Animais, o trabalho será desenvolvido em conjunto, dentro da perspectiva de promover o manejo da biodiversidade: recuperar espécies ameaçadas de extinção, controle de pragas e uso sustentável de espécies de interesse econômico ou social, real ou potencial.
Além de Coutinho, que trabalha junto ao laboratório de Herpetologia (répteis e anfíbios) do ICB, participam ainda professores e pesquisadores dos departamentos de Biologia Geral, Microbiologia, Morfologia e Parasitologia, dentre outros.
O coordenador também destaca a inedicidade do modelo de interação adotado. "A Universidade abriu espaço físico para a instalação de um centro de pesquisa, o torna ainda mais efetivos os nossos esforços", destaca.
O ICMBio, autarquia do Ministério do Meio Ambiente, é responsável pela gestão das Unidades de Conservação federais. Tanto as de Proteção integral (que admitem apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, como nos Parques Nacionais), quanto as denominadas de “Uso Sustentável” (equilibra a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais).
Saiba mais sobre as Unidades de Conservação
O novo presidente do Instituto Chico Mendes, Cláudio Maretti, que também tomou posse nesta quinta-feira (21), destacou em discurso seu compromisso com a cooperação com as universidades. "Devemos integrar o conhecimento científico com outros saberes e trabalhar em conjunto com os demais órgãos de governo e com a sociedade", afirmou o presidente em trecho de seu discurso transcrito no website da entidade.