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Projeto coordenado por professora do ICB busca enfrentar bactérias resistentes
 
A pesquisa decorreu de uma colaboração entre a Faculdade de Farmácia da UFMG e o Instituto de Ciências Biológicas. Os pesquisadores  utilizaram os peptídeos isolados e sintetizados pelo grupo da professora Maria Elena de Lima e colaboradores dos Departamentos de Bioquímica e Imunologia, de Microbiologia (ICB),  e Departamento de Química (ICEX). O trabalho do grupo do ICB, iniciado há mais de 15 anos,  teve o objetivo de purificar o veneno da aranha-de-jardim (Lycosa erythrognatha) e avaliar o  potencial de alguns de seus componentes para combater bactérias resistentes. O trabalho premiado  mostrou que um dos peptídeos (sintético e minimizado) foi eficaz para combater pneumonia causada por bactéria resistente (Acinetobacter baumannii) em camundongos.  O prêmio trata-se de Menção Honrosa na categoria Revelação - Prêmio Pio Corrêa de 2023, um evento promovido pela Academia de Ciências  Farmacêuticas do Brasil, que ocorreu no dia 4 de dezembro. Os autores envolvidos no trabalho são: William Gustavo Lima, Júlio César Moreira Brito, Maria Elena de Lima, Amanda Cristina Silva Tardelli Pizarro, Maria Auxiliadora Martins de Mello Vianna, Magna Cristina de Paiva, Débora Cristina Sampaio de Assis, Valbert Nascimento Cardoso e Simone Odília Antunes Fernandes. 
 
Os peptídeos antimicrobianos vêm sendo estudados pelos alunos da Profa. Maria Elena, incluindo: Dr. Daniel Moreira dos Santos, cujos estudos foram prosseguidos pelos Drs. Joaquim Teixeira Avelar Jr, Pablo Victor Mendes dos Reis, todos doutores pelo Programa de PG em Bioquímica e Imunologia (ICB-UFMG) e pelo Dr. Júlio César Moreira de Brito (PPG Inovação Tecnológica, ICEX-UFMG), além do Dr. William Gustavo Lima (atualmente pós-doutorando no Lab. da Profa.Maria Elena) e orientado no D pela Profa. Simone Fernandes (PPG Ciências Farmacêuticas, FAFAR-UFMG). Esses trabalhos, ao longo de seus desenvolvimentos, também tiveram participações de outros pesquisadores e de discentes de IC e de especialização.  Nestes trabalhos analisaram-se as atividades antibacterianas de peptídeos naturais e sintéticos, derivados do veneno da aranha L.erythrognatha, in vitro (bactérias isoladas)  e in vivo, isto é, em modelos animais infectados com bactérias resistentes.   “Alguns destes peptídeos, inclusive os sintéticos e modificados, são  muito ativos contra  bactérias resistentes. A resistência microbiana é destacada pela Organização Mundial de Saúde, como um problema urgente a ser resolvido. Prevê-se que, se não houver novos antibióticos no mercado contra os microrganismos resistentes, haverá 10 milhões de mortes por ano, em 2050, decorrentes de infecções causadas por bactérias resistentes aos antibióticos convencionais, arriscando-se inclusive, a que enfrentemos pandemias causadas por esses microorganismos” afirma Maria Elena, que destaca a relevância desse tópico.
 
“Complicações relativas ao tema foram observadas durante a pandemia pelo COVID-19, as pessoas pegavam infecção bacteriana por exemplo, e morriam em inúmeros casos, não da doença (COVID-19), mas porque muitos antibióticos não fazem mais efeito contra essas bactérias resistentes” diz Maria Elena, reforçando a relevância que o potencial antibacteriano desses peptídeos pode ter na área medicinal brasileira.
 
Para saber mais sobre a pesquisa, clique aqui.
 

PRÊMIO PIO

O Prêmio de Inovação em Ciências Farmacêuticas foi instituído pela Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil com a finalidade de estimular pesquisadores que atuam nas diversas áreas das Ciências Farmacêuticas. O prêmio tem por objetivo incentivar, reconhecer a criatividade e homenagear publicamente os mais destacados pesquisadores e empresas que investem no desenvolvimento e lançamento de novos produtos, processos, métodos e serviços para o segmento farmacêutico.
 
O Prêmio Pio Corrêa foi instituído com a finalidade de reconhecer publicamente e estimular profissionais que atuam no Brasil nas diversas áreas das Ciências Farmacêuticas relacionadas à biodiversidade brasileira. Mais do que o mérito científico, a iniciativa busca destacar trabalhos com impacto na sociedade.
 

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