Pesquisa que ganhou o Prêmio Capes na área de Ciências Biológicas é tema do novo episódio do ‘Aqui tem ciência’, da Rádio UFMG Educativa
Dados biológicos transcrevem informações genéticas de corpos humanos e outros organismos vivos em uma linguagem que possibilita sua leitura por computadores e máquinas, o que propicia simular experimentos que, na ausência da bioinformática, seriam realizados em seres vivos. O aumento da demanda por essas informações levanta a questão sobre a qualidade dos dados disponibilizados.
O modo como dados biológicos podem ser armazenados e integrados de forma compartilhada, aprimorando sua curadoria para responder a questões científicas relevantes e informar a população, foi objeto de estudo desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Bioinformática do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG.
Autora de tese de doutorado, a cientista da computação Joicymara Xavier criou duas aplicações: um painel inédito de vigilância genômica de variantes da covid-19 no continente africano, o Sars-CoV-2 África Dashboard, e a base de dados ThermomutDB, referência em termodinâmica de proteínas, campo da biologia que estuda como as proteínas, que são moléculas essenciais para a vida, funcionam no que se refere a energia e calor.
O estudo, vencedor do Prêmio Capes de Tese 2023 na área de Ciências Biológicas I, foi realizado sob orientação do professor do Programa de Pós-graduação em Bioinformática da UFMG Douglas Eduardo Valente Pires, pesquisador do Instituto René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e pelo Programa Institucional de Internacionalização da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes PrInt). A pesquisadora também teve licença integral das atividades como professora da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri para os estudos do doutorado.
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